Leon Chestov e Nikolai Berdiaeff:
"Os metafísicos são muito mais obcecados pela necessidade de se persuadir da existência de Deus do que pela sua existência propriamente dita." Chestov
“Desde sempre, dividiram-se para mim os homens entre os dostoievskianos e aqueles a quem o espírito de Dostoievski era estranho” Berdiaeff
Nikolai Berdiaeff foi, ao lado de Lev Chestov, um dos mais conhecidos filósofos russos do início do século passado, que influenciou decisivamente o pensamento existencialista. Foi ele quem falou de uma “ideia russa” de cultura: “A ideia mestra da minha vida é a ideia do homem, do seu rosto, da sua liberdade criadora e da sua predestinação criadora. Mas tratar do homem é já tratar de Deus. Isso é essencial para mim”. E daí a necessidade da ligação da espiritualidade à existência, porque “ A Verdade implica a atividade do espírito do homem, o conhecimento da Verdade depende dos graus de comunidade que podem existir entre os homens, da sua comunhão no Espírito ”. Leon Chestov atuou no panorama do existencialismo francês juntamente com Berdiaeff, onde residiram como imigrantes desde a Revolução Soviética na Rússia, na antiga URSS. Chestov e Berdiaeff foram os dois mais importantes representantes do existencialismo russo. É quase impossível referir-se a Chestov sem que se faça menção a seu amigo Berdiaeff. Durante o período entre as guerras, Primeira e Segunda Guerra Mundial, é constatada a presença de muitos escritores e filósofos russos em Paris, dando um certo ar de família, apagando um pouco as diferenças de pensamento desses pensadores e reunindo-os em torno da língua e da cultura russa. Chestov e Berdiaeff divergiam nas idéias e nos procedimentos, a concepção de mundo para ambos era bem diferente. Berdiaeff e Chestov sempre discutiam, mas, de certo modo, tinham uma espécie de comunhão existencial, o que aponta o quanto pesquisavam a vida como sensação, liberdade e responsabilidade.
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