segunda-feira, 19 de março de 2012

"A Face Sangrenta-Contos" Vergílio Ferreira


 “Não se pode imaginar uma cor, fora das cores do espectro solar. Não se pode
ouvir um som, fora da nossa escala auditiva. Não se pode pensar, fora das
possibilidades da língua em que se pensa.” Vergílio Ferreira.



O conto ocupa um lugar secundário na obra de Vergílio Ferreira, aliás, o  lugar  relativamente marginal do conto na escrita vergiliana é reconhecido pelo próprio escritor quando  expressamente declara:  "Escrever  contos foi- me  sempre  uma  actividade  marginal  e  eles  revelam  assim  um  pouco  da desocupação e do ludismo". A primeira coletânea de oito contos do autor, redigidos em datas distintas, surge em 1953, sob o título de "A Face Sangrenta", depois do romance "Mudança", embora  ainda  com  certa  herança  da  etapa  neo-realista. Mais  tarde,  em  1972, publica novo  volume  de  contos,  em  Apenas  Homens (Inova),  onde  já  figura  o conto "A Estrela". Em 1976, publica o volume de "Contos" (Arcádia), depois reeditado nas obras do autor publicadas pela Bertrand. Por fim,  em  1986,  Vergílio Ferreira edita  uma  obra  híbrida, emparceirando  contos  e  poesia, sob  o  título  de  "Uma Esplanada  sobre  o  Mar".


Referência bibliográfica:
FERREIRA Vergílio, A FACE Sangrenta. - Lisboa: Contraponto, 1953

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