“Não se pode imaginar uma cor, fora das cores do espectro solar. Não se pode
ouvir um som, fora da nossa escala auditiva. Não se pode pensar, fora das
possibilidades da língua em que se pensa.” Vergílio Ferreira.
O conto ocupa um lugar secundário na obra de Vergílio Ferreira, aliás, o lugar relativamente marginal do conto na escrita vergiliana é reconhecido pelo próprio escritor quando expressamente declara: "Escrever contos foi- me sempre uma actividade marginal e eles revelam assim um pouco da desocupação e do ludismo". A primeira coletânea de oito contos do autor, redigidos em datas distintas, surge em 1953, sob o título de "A Face Sangrenta", depois do romance "Mudança", embora ainda com certa herança da etapa neo-realista. Mais tarde, em 1972, publica novo volume de contos, em Apenas Homens (Inova), onde já figura o conto "A Estrela". Em 1976, publica o volume de "Contos" (Arcádia), depois reeditado nas obras do autor publicadas pela Bertrand. Por fim, em 1986, Vergílio Ferreira edita uma obra híbrida, emparceirando contos e poesia, sob o título de "Uma Esplanada sobre o Mar".
Referência bibliográfica:
FERREIRA Vergílio, A FACE Sangrenta. - Lisboa: Contraponto, 1953
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